O mercado de unidades FPSOs quase não sentiu os efeitos que a pandemia trouxe em 2021 é provável que continue em um ritmo acelerado, uma vez que se espera a construção de 10 novas unidades em 2022.
Dois contratos de locação foram concedidos no último trimestre de 2021 elevando o total para 10 unidades construídas em 2021, cerca de 3 FPSOs acima da quantidade produzida em 2020, na qual o Brasil respondeu por 7 das concessões de contratos de FPSOs no ano passado, e espera-se que a nação sul-americana continue conquistando prêmios globais em 2022, com mais 3 FPSOs em espera.
Não só o país está a celebrar mais contratos, mas também, os projetos brasileiros são os maiores em termos de capacidade de produção, conforme exemplo do FPSO P-80 que será o 9º na área de Búzios, terá uma capacidade de processamento de petróleo de cerca de 225.000 BPD e uma capacidade de processamento de gás de cerca de 12 MMcm/d.
Cerca de 30 unidades FPSO em construção ou na fila para construção, e outras 10 previstas para serem entregues em 2022, na qual o Reino Unido com 2 projetos, Angola, Austrália, China, Malásia e Guiana têm uma previsão de cada um celebrar um novo contrato nos próximos 12 meses, representando um cenário positivo para mercado e pronto para crescer.
No entanto, como testemunha em muitas outras facetas da economia global nos últimos meses, as preocupações com a cadeia de abastecimento perduram e irão testar a capacidade do mercado de aceitar novos contratos sem excessos e atrasos incontroláveis de custos. O mercado de FPSO teve um desempenho positivo no final de 2021, com 2 contratos de arrendamento e operações, 2 contratos de front-end e design (FEED) e uma extensão de contrato concedido no 4º trimestre de 2021.
No Brasil, a Petrobras apresentou à Yinson duas cartas de intenções (LOI) para fornecer uma FPSO Integrada para serviços de operação e manutenção, sob um contrato de arrendamento e operação com uma duração de 22,6 anos a partir do dia da decisão final. O FPSO será implantado no campo de Jubarte, na bacia de Campos Norte, e tem início de produção previsto para o final de 2024.
A Enauta Energia emitiu para Yinson outra LOI para fornecer, operar e manter um FPSO no campo de Atlanta na bacia de Santos no Brasil, na qual a construção contempla a adaptação do FPSO OSX-2 pela Yinson por meio de um contrato turnkey de engenharia, suprimento, construção e instalação (EPCI), com garantia e operação e manutenção por 24 meses.
O custo de aquisição e adaptação de uma FPSO é estimado em cerca de $505 milhões, com uma opção de compra de uma unidade vinculada ao financiamento. Caso a opção de compra seja exercida, ela ficará vinculada aos contratos de afretamento, operações e manutenção por 15 anos, podendo ser prorrogados por mais 5 anos, totalizando cerca de $2 biliões pelo prazo de 20 anos. O contrato é a terceira adjudicação do projeto da Yinson no Brasil e está sujeito a uma decisão final de investimento que deverá acontecer durante o 1º trimestre de 2022.
A ExxonMobil está atualmente a produzir a partir do bloco Stabroek por meio da FPSO Liza Destiny e adicionalmente a FPSO Liza Unity que chegou às águas da Guiana em 26 de outubro de 2021.
Na Nigéria, a BW Offshore garantiu uma extensão do arrendamento para o FPSO Sendje Berge, a operar para a Addax Petroleum Exploration (Nigeria) Ltd., que se estenderá até o 4º trimestre de 2022.
Na Noruega, a Aker Solutions recebeu uma LOI para um contrato FEED da Equinor para fornecer uma FPSO para o campo de Wisting no Mar de Barents na Noruega, com o escopo de fornecer um projeto de front-end para uma FPSO circular onde inclui uma opção para EPCI dos topsides do FPSO. Se o projeto avançar para a fase de execução, a opção EPCI potencialmente representa um contrato estimado entre $960 milhões e $1,45 biliões.