A recente descoberta onshore feita no depósito Delta de la Cuvette na República do Congo, foi anunciada em 10 de agosto pelas empresas SARPD OIL e PEPA, um consórcio congolês que trabalha como operadora do bloco.
Projeções antecipadas indicam que os poços descobertos podem produzir até 359 mbpd, o equivalente a 983.000 bpd, na província central do Congo. Isso poderia, com efeito quadruplicar a produção do Congo, que é actualmente 330.000 bpd de acordo com os últimos dados da OPEP. A produção vem aumentando constantemente nos últimos anos, com uma meta estabelecida para o governo Congolês de atingir 400.000 bpd até 2020.
O depósito Delta de la Cuvette cobre 9.392 m2 e compreende 4 poços, o 1º foi perfurado em Março de 2019. Quando totalmente explorada, a licença poderá impulsionar o Congo como o 3º maior produtor de petróleo da África, à frente da Argélia e da Líbia.
A descoberta também compreende uma vantagem para o cenário de energia do Congo, com a maior parte da produção de petróleo e gás actualmente proveniente dos campos offshore.
A República do Congo pressiona há anos para abertura do acesso a energia para as suas províncias centrais e do Norte, através da projecção de uma pipeline de 1.200 km entre Ponta negra e Ouesso. A exploração de grandes depósitos de petróleo no centro do país poderá abrir uma nova fronteira energética para o Congo e para o resto da Região.
O congo tem 2 biliões de reservas confirmadas de petróleo em torno de 20 campos a serem explorados e cerca de 10 licenças concedidas e em espera para serem desenvolvidas. As reservas de gás comprovadas estão em 200 bcf de acordo com o governo, incluindo 70 biliões de gás associado, enquanto que a produção de gás actual encontra-se em torno de 400 bcf.
Vários projectos de valorização e monetização de gás estão a ser apoiados pelo governo para diversificação e crescimento económico. Estima-se que o Congo poderá monetizar cerca 100 bcf ao integrar vários projectos de valorização do gás no país por meio de um sistema de coleta e transporte que deverá estar operacional até 2020. (Africaoilandpower).
