A maior empresa produtora de petróleo da Rússia, a Rosneft, encontra-se com dificuldades de fornecer petróleo aos seus compradores a longo prazo, uma vez que tem com objectivo reduzir a produção devido ao acordo com a OPEP+ e prevê ainda dificuldades em manter os cortes actuais até o final de 2020.
Esses impasses para a Rosneft podem debilitar o equilíbrio a favor da Rússia na perspectiva de não concordar em estender os cortes actuais até 2020.
Os executivos do sector petrolífero da Rússia, incluindo o chefe da Rosneft, criticam frequentemente o acordo da OPEP+ que iniciou os seus esforços para estabilizar o mercado e sustentar os preços desde Janeiro de 2017.
As empresas Russas argumentam que os cortes da OPEP+ servem apenas para sustentar a produção de petróleo de xisto dos EUA com os preços mais altos do WTI, dando aos EUA uma maior participação no mercado global ás custas da Rússia e dos seus aliados da OPEP+. Em contrapartida, as empresas russas não chegaram a um acordo na reunião da passada terça-feira, já que metade das empresas apoiava a extensão dos cortes actuais, o que levou a Rússia a reduzir a produção de 11 mbpd para cerca de 8,5 mbpd. (Platts).