A Nigéria está a perder quase toda a sua produção de petróleo transportada pelo principal oleoduto do país por causa dos constantes actos de roubos e vandalismo, que têm se intensificado nos últimos tempos em meio a escalada dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
De acordo com a Associação de Funcionários Sénior de Petróleo e Gás Natural da Nigéria, os produtores receberam apenas 5% dos volumes de petróleo bombeados através do oleoduto Trans Níger durante o período de outubro de 2021 a fevereiro de 2022.
As perdas na produção estão a ter um impacto muito negativo nas receitas do governo e nas reservas cambiais. O maior produtor de petróleo da África tem lutado para cumprir a sua quota de produção da OPEP+, apesar do aumento dos preços do petróleo após a invasão da Rússia à Ucrânia.
Dados mostram que cerca de 150 extrações ilegais ocorreram para extrair petróleo do principal oleoduto da Nigéria, sendo que os operadores sofreram uma média de 10 dias de paralisação da produção todos os meses devido a estes actos de vandalismo.
Enquanto a Nigéria perde boa parte da sua produção de petróleo por práticas anti-sociais, outros países produtores de petróleo seguem registando grandes ganhos com o aumento de suas reservas internacionais líquidas, justificadas pela alta dos preços internacionais do barril de petróleo.