A gigante italiana de petróleo e gás Eni SpA, está a preparar-se para perfurar o primeiro poço de exploração offshore em Moçambique, após ter registado uma paragem na actividade exploratória de oito anos.
A embarcação West Capella já iniciou a perfuração inicial no poço Raia-1 que irá explorar o que poderá ser uma nova bacia de petróleo e gás ao longo da costa de Moçambique. O alvo fica perto de Angoche, a cerca de 604 km a sul da bacia do Rovuma, onde a empresa com sede em Roma começou a produzir gás natural liquefeito (LNG) no ano passado.
Embora não se saiba se a Eni encontrará depósitos económicos de petróleo e gás em Angoche, a perfuração pode ser o início de uma nova ronda de investimentos na indústria de hidrocarbonetos moçambicana. Em 2018, a empresa assinou o contrato de exploração com as autoridades da Área A5-A, que se enquadra na quinta ronda de leilões de blocos de hidrocarbonetos em Moçambique.
A Anadarko Petroleum Corp. concluiu o último poço de exploração offshore de Moçambique em meados de 2015, de acordo com o Instituto Nacional de Petróleo (INP), regulador de petróleo e gás daquele país.
A TotalEnergies SE comprou a participação da Anadarko nesse desenvolvimento por $3,9 biliões em 2019. O projecto de exportação de LNG avaliado em $20 biliões resultante dessa exploração está suspenso há mais de 2 anos devido a uma insurgência ligada ao Estado Islâmico na região.