A República do Sudão do Sul está a vivenciar uma queda abrupta na sua produção de petróleo, justificada pela maturação dos blocos petrolíferos que atingiram os picos de produção e consequentemente, começaram a declinar. A produção dos blocos 3 e 7 localizados no Nilo Superior caiu para 103.000 BPD , uma queda de 17.000 BPD em relação aos anteriores 120.000 BPD. A mesma situação verifica-se nos blocos 1, 2 e 4 que deixaram de produzir cerca de 5.000 BPD em relação a produção inicial de 53.000 BPD, sendo que a produção actual se resume em apenas 48.000 BPD.
O Sudão do Sul produz actualmente 154.000 BPD, sensivelmente 26.000 BPD abaixo do nível de produção alcançado em 2019 de 180.000 BPD. O bloco 5A, que actualmente é tido como o único potencial, está a produzir 3.000 BPD após a retomada da produção e deve chegar aos 8.000 BPD até o final do ano.
Por outro lado, as exportações de petróleo respondem por quase todas as receitas do governo e o declínio das reservas petrolíferas pode significar a ruína de uma das economias mais pobres do mundo. Neste sentido, para reverter a crise, o governo e as empresas terão como objectivo aumentar as taxas de recuperação dos campos petrolíferos para sustentar a produção de petróleo em todo país.
No entanto, os blocos 3 e 7 têm um fator de recuperação de apenas 23%, enquanto que o fator de recuperação dos blocos 1, 2 e 4 é mais favorável, e está estimado em 33%. O factor de recuperação dos blocos 3 e 7 pode ser aumentado para 35%, e até 45% para os blocos 1, 2 e 4, o que aumentará significativamente as taxas de produção de petróleo do Sudão do Sul.