Conforme acordado em Abril, a OPEP reduziu o volume de cortes de produção para o 2º trimestre 2021, a fim de atender a recuperação da demanda global de petróleo. A organização constituída por 13 países membros, aumentou sua produção para 26,47 MBPD no mês de Junho, um incremento de 855 KBPD se comparado a Maio, o que representa o maior acréscimo na produção do cartel em um ano.
A Arábia Saudita, maior produtor da OPEP e maior exportador de petróleo do mundo, foi responsável por mais da metade do aumento da produção em Junho, pois contribuiu com um acréscimo na sua produção de cerca de 490.000 BPD, perfazendo um volume total de 8,95 MBPD.
O novo acordo da coalizão OPEP+ que teve início em Abril último, previa um aumento colectivo de 350 KBD em Maio e Junho e em mais de 400 KBPD em Julho. Paralelamente, a Arábia Saudita reduziu gradualmente o seu corte extra unilateral de 1 MBPD entre os meses de Maio e Julho, começando com incrementos mensais de 250 KBPD.
No total, a OPEP + deverá restabelecer ao mercado cerca de 2,1 MBPD entre os meses de Maio e Julho.
Considerando a reabertura das principais economias no 2º trimestre do ano em curso, assim como o aumento da demanda por produtos refinados especialmente nos EUA, verifica-se que a OPEP+ tomou a decisão mais acertada em Abril, tendo em conta o aumento gradual observado nos mercados.
A OPEP, juntamente com seus aliados não-OPEP liderados pela Rússia, reuniram no dia 2 de Julho para debater como proceder com os cortes referentes ao mês de Agosto em diante. A reunião que originalmente estava agendada para a passada quinta-feira, foi adiada devido às divergências sobre os níveis de produção base para os cortes futuros.