O Uganda deu início às operações de perfuração na sua primeira descoberta comercial de petróleo. O país da África Oriental garantiu a primeira das 4 plataformas planeadas para operar a descoberta, sendo que já começou a perfurar o seu 1º poço comercial na esperança de atingir a produção do primeiro óleo até 2025.
O campo petrolífero Kingfisher no distrito de Kikuube é operado pela China National Offshore Oil Corporation, CNOOC, mas está sob co-propriedade da TotalEnergies e da companhia petrolífera estatal de Uganda, UNOC. O projecto sofreu vários atrasos depois que Uganda descobriu as reservas há quase 20 anos.
O chefe da autoridade reguladora do sector petrolífero do Uganda, Ernest Rubondo, descreveu que o início das actividades de perfuração no prospecto Kingfisher, representa um marco histórico para o país, à medida em que assinala o primeiro passo em direcção à produção do primeiro petróleo no Uganda.
Os custos de equilíbrio são esperados em $22/BBL, com um pico de produção esperado em cerca de 230 KBPD.
Por outro lado, a construção do oleoduto a quase 900 milhas da África Oriental também começará este ano, um projecto planeado pela CNOOC e pela TotalEnergies, que foi descrito como o oleoduto aquecido mais longo do mundo. A conclusão da infraestrutura também está prevista para 2025. A Total detém uma participação de 62% no projecto do pipeline, com a UNOC e a CNOOC com 15% cada.
A construção da pipeline sofreu resistência do parlamento da UE no ano passado, que pediu às autoridades do Uganda que suspendesse o desenvolvimento do referido projecto, visando a protecção do meio ambiente e o término das actividades extractivas em ecossistemas protegidos e sensíveis, incluindo as margens do Lago Albert.
O Uganda pretende igualmente desenvolver o seu negócio de refinação, com a implementação de uma refinaria com capacidade para processar 60 KBPD, prevista para ser construída no oeste do país, embora também tenha sofrido vários atrasos.